
O Brasil assistiu, nos últimos dias, uma adesão à venda de íris, impulsionada pelo projeto Worldcoin, que promete recompensas financeiras em troca da coleta de dados biométricos. Segundo reportagens recentes, mais de meio milhão de brasileiros, principalmente nas periferias de São Paulo, participaram do programa que oferecia uma recompensa de até R$ 600 em criptomoedas, antes da intervenção da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) na última sexta-feira (24). Apesar do aparente benefício econômico, a prática levantou preocupações graves sobre a segurança e privacidade dos dados, com especialistas alertando para os riscos de exploração e abusos associados a tecnologias invasivas.
A coleta de íris é uma das formas mais sensíveis de identificação biométrica, tornando os dados dos indivíduos altamente valiosos – e perigosos em caso de vazamento ou mau uso. Além de expor as pessoas a fraudes, a prática não possui uma regulação clara que assegure a proteção, contrariando diretrizes como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Como alternativa a esses métodos, soluções como a verificação de antecedentes, que validam a identidade sem expor informações biométricas, estão ganhando destaque como medidas mais seguras e eficazes para a segurança, tanto das empresas quanto das pessoas.
“Essa corrida por dados biométricos como a íris cria um ambiente de risco elevado para os usuários e para o mercado como um todo. É essencial que as empresas priorizem soluções éticas e seguras, como a verificação de antecedentes, que fornecem uma camada robusta de prevenção sem comprometer informações sensíveis. A adoção de práticas mais responsáveis não é apenas uma questão de proteção individual, mas também de atribuir confiança ao ambiente digital”, afirma
Leandro Casella, CEO da Exato Digital e especialista em segurança digital.